Pessoas, Histórias
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Vivo da beleza do mundo. Obtenho meu ganha-pão capturando os detalhes deixados passar em branco no cotidiano. Uma flor, um pássaro, uma cena, seja o que for. Sou levado a ver o mundo com outros olhos.
Admito ter-me permitido ser cativado por algo ordinário, mas de incrível inspiração para mim. A minha fotografia em preto e branco de um simples banco. Um simples e rústico banco. O que me fascina é sua história. Quantas pessoas já passaram suas tardes sentadas naquele banco. Crianças, casais, estudantes, todo tipo de pessoa. Um banco antigo e com a tinta desgastada pelo tempo. Passei a maior parte da minha vida cruzando a sua frente. Vi todo tipo de pessoa vivendo os mais variados momentos de suas vidas.
A moça morena lera sua carta de aceitação na universidade de seus sonhos sentada naquele banco. A viúvia do soldado levava seu filho, agora já crescido, para brincar. O jovem ruivo frequentava o local constantemente, até que fora transferido no trabalho para a Europa. O homem de terno assinara seu papel de divórcio naquele lugar. O casal de idosos se conhecera ali, antes mesmo do banco estar lá, e comemoram quarenta e um anos de casados voltando aquele memorável local. A senhora inglesa teve seu último passeio logo ali. Todo tipo de pessoa, todo tipo de história.
Lembro-me claramente da criança sentada no silêncio da tarde, observando o céu. Um fragmento de memória perdido em meio a uma vida. O jovem garoto que eu já fui decidira que queria fotografar para viver quando estava só, assistindo ao pôr do sol. Naquele momento sabia que não havia maior beleza no mundo. Não tirara foto alguma, guardara em sua mente aquela singela imagem em forma de lembrança.
Mas como tudo neste mundo, esta narrativa finda. O velho banco quebrara e tivera que ser substituído. O novo banco presenciará tantas histórias quanto o antigo. Testemunhará inúmeras mudanças no mundo. Paz e guerras, chegadas e partidas, inícios e fins. Porque a humanidade é feita de pessoas, e pessoas de histórias. Cada pessoa com sua vida, e as vidas vividas juntas. Saber viver em comunidade é necessário. Porque no mundo, no nosso mundo, há todo tipo de pessoa, todo tipo de história.
Vivo da beleza do mundo. Obtenho meu ganha-pão capturando os detalhes deixados passar em branco no cotidiano. Uma flor, um pássaro, uma cena, seja o que for. Sou levado a ver o mundo com outros olhos.
Admito ter-me permitido ser cativado por algo ordinário, mas de incrível inspiração para mim. A minha fotografia em preto e branco de um simples banco. Um simples e rústico banco. O que me fascina é sua história. Quantas pessoas já passaram suas tardes sentadas naquele banco. Crianças, casais, estudantes, todo tipo de pessoa. Um banco antigo e com a tinta desgastada pelo tempo. Passei a maior parte da minha vida cruzando a sua frente. Vi todo tipo de pessoa vivendo os mais variados momentos de suas vidas.
A moça morena lera sua carta de aceitação na universidade de seus sonhos sentada naquele banco. A viúvia do soldado levava seu filho, agora já crescido, para brincar. O jovem ruivo frequentava o local constantemente, até que fora transferido no trabalho para a Europa. O homem de terno assinara seu papel de divórcio naquele lugar. O casal de idosos se conhecera ali, antes mesmo do banco estar lá, e comemoram quarenta e um anos de casados voltando aquele memorável local. A senhora inglesa teve seu último passeio logo ali. Todo tipo de pessoa, todo tipo de história.
Lembro-me claramente da criança sentada no silêncio da tarde, observando o céu. Um fragmento de memória perdido em meio a uma vida. O jovem garoto que eu já fui decidira que queria fotografar para viver quando estava só, assistindo ao pôr do sol. Naquele momento sabia que não havia maior beleza no mundo. Não tirara foto alguma, guardara em sua mente aquela singela imagem em forma de lembrança.
Mas como tudo neste mundo, esta narrativa finda. O velho banco quebrara e tivera que ser substituído. O novo banco presenciará tantas histórias quanto o antigo. Testemunhará inúmeras mudanças no mundo. Paz e guerras, chegadas e partidas, inícios e fins. Porque a humanidade é feita de pessoas, e pessoas de histórias. Cada pessoa com sua vida, e as vidas vividas juntas. Saber viver em comunidade é necessário. Porque no mundo, no nosso mundo, há todo tipo de pessoa, todo tipo de história.
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