Não me lembro
Não me lembro do meu nome, apenas sei que sempre estive aqui — no escuro e só. Se ouço uma voz, ela não é minha — não reconheço mais meu próprio timbre. Se vejo uma luz, não é de esperança — apenas uma chama fraca prestes a se apagar e levar consigo os resquícios de calor desse lugar. Desde que te conheci, encontrei-me rastejando aos seus pés. As pernas sem movimento, os braços sem forças. Esqueci quem sou e como é a liberdade fora deste porão.
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